Ai Luisa...Luisa que vou morrer.
Se não usam supositorios como guloseimas, então...pachos na testa.
Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Luisa, Luisa, que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Luisa, Luisa, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
Anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Luisa, Luisa, fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada
Perante a gravidade da doença, entrei em contacto com Lobo Antunes que deu autorização para adaptar a receita para à gripe do Paulo!
Tinha sido receitada para o Antonino....
Ele agradece, mas preferia que chamassem uma enfermeira mamalhuda.
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