XIII Encontra-a-Funda - álbum cedilhado

De GPS em riste, lá fomos à Pica, para apalpar terreno...

Encontro geral, por Oliveira de Azeméis, para logo se rumar à Serra da Freita. Primeira paragem, na Frecha da Mizarela, onde as pedras empinadas eram premonitórias quanto ao que aí estava para vir. 

Vista soberba, mesmo com a humidadezinha do ar. Novos encontros e o entusiasmo florescia - com a tal humidade a ajudar...

A montanha sugere sempre grandes voos...

... e pelos enlevos das poses para a memória futura, excitações houve próximas do paroxismo... A caminho das pedras parideiras, dir-se-ia existir algo de ginecológico no fraguedo da serra.

«- Olha, mamã, uma pedra tua colega...!» - Ah, brava Natureza que tão sublimes exemplo dás aos homens (e às mulheres, claro). Eis, pois, a maternidade das fragas...

Houve que homenagear condignamente as parturientes e saiu vate entre os gemidos das rochas. 

Da maternidade das parideiras, fomos ao berçário das paridas.

Em seguida, a cegada, que o tempo é de santos populares:

foi a Funda dar à anta

do Cercal a passear

onde não assarapanta

a postura copular

Da anta do Cercal, rumou a cegada à Tabena da Pica, em busca da cedilha. À chegada esperava-a um ponto de exclamação, sem o qual a Funda passa menos bem. 

Como sempre, o repasto - no caso, bem servido, diga-se -, embora não correspondendo aos cânones da Bobone, não deixou créditos por mãos alheias, no que toca à galhofeirice, sequenciado pela actuação do grupo ComVinha Tradicional, que contou com a colaboração de alguns espontâneos.   

Logo mais, a Tuna Meliches deu vários arzinhos da sua graça, de que eu destacaria a conhecida área Cu-curru-cujães...

... actuação em entremeio com poemas entre o brejeiro e o escacha-pecegueiro, com direito a menir e tudo.

Deu-se, claro está, uma especial oportunidade à malta nova...

... e culminou-se com uma sessão de esclarecimento cantada, que colhe sempre o apoio e incentivo do distinto público. 

Depois do xixi-cama, pela manhã seguinte uma visita aos lavabos do Centro Comercial 8ª Avenida, em São João da Madeira, onde jovens manequins assistem ao sacudir dos membros e das membranas... 

Novo ponto de encontro, no Museu da Chapelaria, também em São João da Madeira...

... onde uma visita excelentemente guiada fez jus ao grande dito popularizado pelo Vasquinho de que chapéus há muitos.

Por fim, m belo almoço na Fábrica dos Sentidos, mesmo ao lado do Museu, rematou da melhor maneira mais um excelente convívio entre gente que sabe que a vida está aí, à nossa espera, para que a saibamos respirar e tomar o gosto.

Venha lá o próximo!