Neste Natal, brindo aos amigos, próximos ou longínquos, sedimento que alimenta a raiz da árvore da nossa vida, tentando contrariar alguma nostalgia que nos chega dos dias cinzentos com o sabor bem luminoso dos afectos…
Dos dias conturbados que vivemos, diria que se cada um de nós plantasse uma couve, uma só que fosse, talvez se atenuasse de forma substancial a crise… e, se não lhe descobríssemos melhor e mais necessitado destinatário, sempre teríamos com que acompanhar a nossa ceia natalícia.
Aparentemente, os nossos economistas e homens das altas finanças não levam estas propostas a sério. E tenho para mim que é pena!...
só de musgo faço a base do presépio
imperfeito
que ele é feito de matéria bem mais dura
e vou pondo as figuras ao meu jeito
dando o jeito de lhes dar
ar de ternura
fruta seca sobre a mesa
e a aletria
fantasias de fantasiar fartura
pela ceia o bacalhau faz companhia
preenchendo lugares vagos
e a lonjura
a bota na chaminé
em vago intento
de trazer ao Natal
quem sabe o riso
o brinde
a réstia intemporal de um outro alento
que nos dê outro Natal de mais sustento
pelo céu
cruza um corpo sideral
a apontar o corpo ao léu de uma criança
e nós todos esperando que o Natal
a conforte em agasalhos de esperança
por fim
o travo doce de um bom vinho
a brindar de novo ao sonho
e o embaraço
de não estares à minha mesa
meu amigo
para te dar neste Natal um grande abraço…
Bom Natal e Festas Felizes
- Jorge Castro
Dezembro de 2008
Jorge
ResponderEliminarUm poema mais doce que um sonho!
Larga o embaraço
e daqui vai um forte abraço.
Boas festas e muita esperança para vós.
Ó Celestelinda, tu com tantos mimos que dás ao OrCa ele até se sente como o menino Jesus.
ResponderEliminarQuim Beja...
Lindo!Lindo!Lindo!
ResponderEliminarCantando até o espalhei por toda a parte!!!!
O PM e mais não sei quantos leram-no pelo menos 7 vezes!!!!!!
Um abraço e um FELIZ NATAL!
Até fiquei ga-ga-ga-gago.
ResponderEliminarAinda havemos de fazer todos um presépio vivo, carago!
ResponderEliminarTu querias era ver-me a fazer de vaca :O)
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