sábado, dezembro 20, 2008

Mensagem de Natal do Jorge Castro

Neste Natal, brindo aos amigos, próximos ou longínquos, sedimento que alimenta a raiz da árvore da nossa vida, tentando contrariar alguma nostalgia que nos chega dos dias cinzentos com o sabor bem luminoso dos afectos…

Dos dias conturbados que vivemos, diria que se cada um de nós plantasse uma couve, uma só que fosse, talvez se atenuasse de forma substancial a crise… e, se não lhe descobríssemos melhor e mais necessitado destinatário, sempre teríamos com que acompanhar a nossa ceia natalícia.

Aparentemente, os nossos economistas e homens das altas finanças não levam estas propostas a sério. E tenho para mim que é pena!...


só de musgo faço a base do presépio
imperfeito
que ele é feito de matéria bem mais dura
e vou pondo as figuras ao meu jeito
dando o jeito de lhes dar
ar de ternura

fruta seca sobre a mesa
e a aletria
fantasias de fantasiar fartura
pela ceia o bacalhau faz companhia
preenchendo lugares vagos
e a lonjura

a bota na chaminé
em vago intento
de trazer ao Natal
quem sabe o riso
o brinde
a réstia intemporal de um outro alento
que nos dê outro Natal de mais sustento

pelo céu
cruza um corpo sideral
a apontar o corpo ao léu de uma criança
e nós todos esperando que o Natal
a conforte em agasalhos de esperança

por fim
o travo doce de um bom vinho
a brindar de novo ao sonho
e o embaraço
de não estares à minha mesa
meu amigo
para te dar neste Natal um grande abraço…

Bom Natal e Festas Felizes

- Jorge Castro
Dezembro de 2008

6 comentários:

  1. Jorge

    Um poema mais doce que um sonho!

    Larga o embaraço
    e daqui vai um forte abraço.

    Boas festas e muita esperança para vós.

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  2. Ó Celestelinda, tu com tantos mimos que dás ao OrCa ele até se sente como o menino Jesus.
    Quim Beja...

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  3. Lindo!Lindo!Lindo!
    Cantando até o espalhei por toda a parte!!!!
    O PM e mais não sei quantos leram-no pelo menos 7 vezes!!!!!!
    Um abraço e um FELIZ NATAL!

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  4. Ainda havemos de fazer todos um presépio vivo, carago!

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  5. Tu querias era ver-me a fazer de vaca :O)

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Tuna Tecales!