sábado, outubro 18, 2008

Eu estive lá e contribuí com uma fífia (das grandes, que das pequenas foram várias)

Grande Rafaelitolindo,

Já estou em casa e tu ainda vais ter aí pano para mangas nessa festa de arromba que está a ser o «Encontro de Gerações» do Bairro Norton de Matos.
Parabéns pela organização (só consigo imaginar um poucochito o trabalhão que deu) e, principalmente, pela tua já habitual coragem. Sou teu fã, mas isso tu já sabes há muito!
Sempre tivemos a tendência masoquista de sobrevalorizar as fífias. No teu caso, começaste a cantar com o microfone na nuca... a batida do Jorge Carvalho no início foi influência de uma qualquer dança da chuva índia... a Joana no fim disse-me que também se enganou em algumas passagens (só pode ter sido um Mi bemol onde deveria ser um Ré sustenido)... e eu, como tinha a letra com os acordes entalada entre a viola e a perna, ficou escondida a última quadra do lado esquerdo e aí vai o Paulo Moura a cantar (vergonhosamente só) o coro quando devia ser essa quadra. Vês a vantagem de seres surdo? Estava eu a cantar mal e tu cantaste a quadra certa, sem dares pelo meu erro. O Dr. Rui Pato é que nesse momento devia ter tido um momento de surdez para não me fazer aquele olhar de "o que é que estou aqui a fazer com esta malta que já se sabia que isto ia ser um massacre".
Mas o que fica para quem lá esteve - e para mim - foi tanta gente a cantar e a acompanhar-nos. Se olhaste para as pessoas, deverás ter reparado que as pessoas estavam divertidas... e gostaram. E isso é o que interessa.
Conta sempre comigo. Mas isso, tu também já sabes.

Paulo
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No blog Cavalinho Selvagem já lá estão duas fotos da nossa brilhante actuação: esta e esta. O anónimo sou eu.

E aqui ficam (agora que já não temos de esconder para ser surpresa) as imagens e o video que a Celestelinda gravou dos ensaios em vossa casa. O que não aparece nas imagens é a comidinha e bebidinha que soube tão bem... ou não sejam sempre uma delícia os miminhos da Celestita.









Canção do Encontro de Gerações do Bairro Norton de Matos em 18 de Outubro de 2008.

O ONTEM FAZ-SE HOJE
Música de José Mário Branco
Letra adaptada por Celeste Maria
Cantada pelo Rafaelitolindo
Acompanhado por Rui Pato (viola), Renato (bandolim), Joana Reis (acordeon que até toca sozinho e assim também eu...), Jorge Carvalho (bombo) e Paulo Moura (viola)

Quando a ideia começou,
Quando a semente germinou,
Foi pensando em ti
Que logo te escrevi.
Então, com a força da vontade,
O sonho virou realidade.

Assim, a palavra foi rolando,
Como uma bola saltitando,
Todos fomos vendo,
Sempre em crescendo,
As nossas estórias desfilar
Num blog p´ra nos recrear.

Viemos de longe e de tão perto
No nosso Bairro a pensar
Estamos felizes, como petizes
Com o desejo de aqui estar.
Sempre, sempre a recordar!

O que a liberdade conquistou,
A fantasia revelou
Na força da imagem
Do cavalo selvagem.
Em prosa alegre e divertida
Cavalgou até pr'além da vida.

Viemos de longe e de tão perto...

Amigos que não envelhecem,
Amigos que nos enternecem,
Revelam o valor
Dum fugidio amor.
São os segredos a fruir
Memórias que desistem de partir.

Nestes Outonos bem floridos,
De primaveras coloridas,
A vida separou
A saudade ligou.
Hoje a festa canta nas janelas
Numa sinfonia de estrelas!

Viemos de longe e de tão perto...

Os corações formam laços,
As gerações dão abraços,
De rugas airosas
De carecas charmosas.
E o picadeiro virou mar
Com sons do gaiteiro a ondular.

Viemos de longe e de tão perto
No nosso Bairro a pensar
Houve emoções, muitos afectos,
Lágrimas, risos e projectos
Dum amanhã a desenhar!
Viemos de longe e de tão perto
No nosso Bairro a pensar
Vamos p´ra longe, também p´ra perto
Com o desejo de voltar
Eu vim de longe e de tão perto (bis)

8 comentários:

  1. Coisa bonita esta :-)

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  2. Foi. O Rafaelitolindo estava triste por não ter saído perfeito, mas o momento foi bonito.

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  3. Não digas bonito que o Rafa ainda te ouve e diz logo que bonito, bonito ...

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  4. Ele ainda não deve ter ligado o Sonotone!

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  5. Ah bom!Daí não ter apitado...

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  6. Ele agora nem nos liga, que como se diz na minha terra "nem lhe cabe um tchítcharo no cu".

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  7. Eu é que dou as fífias e toco bombo, com pauta e tudo.
    Ora ... francamente.
    Já náo há respeito.
    Jorge Carvalho

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  8. Queixa-te, queixa-te... mas eu é que levei com o olhar de matador do Dr. Rui Pato quando cantei sozinho o coro!

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Tuna Tecales!