segunda-feira, outubro 09, 2006

Um belo passeio... e uma grande noite

Bem hajas, OrCa, por nos teres como amigos. Pela forma deliciosa como nos pões a ler textos que até ficamos a pensar serem fáceis de escrever. E, agora, pelo passeio que nos proporcionaste a Miranda do Douro e ao convívio com as suas gentes.
Graças ao grandioso Ognid, fotógrafo oficial da blogosfera nacional (rima e é verdal), podemos ilustrar o que se passou na noite de sábado, em que o Rafaelitolindo deu (mais) uma demonstração da sua pujança e a mineTuna se fartou de dar fífias. Comecemos pela estrela da noite:

O Rafelitolindo e a Alice (a Margarida tinha-se afastado por KO técnico)
mostram o que é bailar o Pingacho

Na parte "bailalo de lao, del otro costao, de la delantera, también de la trasera", quando chegava à fase «de la delantera», o Rafaelitolindo demonstrava para que serve uma barriga (com mais gás que uma botija do dito) e projectava a Alicita uns bons metros às arrecuas. Isto ao som dos caramonicos (agora que estou longe já não me batem por lhes chamar isto) de Palaçoulo, com um exímio contador de histórias. Só não sabiam apreciar um bom dançarino do Pingacho, pelo que o Rafaelitolindo tem o direito de lá voltar: "Um outro dia hei-de ir novamente a Palaçoulo para o contador de histórias me ensinar a dançar o pingacho e eu aproveito e ensino-o a tocar bombo, segundo a escola do Pierre Concertina (com direito a olhar para o bater do pé!)"

O verdadeiro artista tem sempre quem lhe limpe o suor
depois do combate, com uma toalha (ou, na sua falta,
com guardanapos de papel usados)

A mineTuna apresentou uma versão liofilizada do seu programa. E, mesmo com metade dos elementos, conseguimos dar as mesmas - ou até mais - fífias como se estivéssemos todos! Aqui, passo a narrativa ao Rafaelitolindo: "Gostaria de chamar a atenção para um pormenor que a mim me marcou bastante (sou saudosista) e que foi o reviver o momento do Zé Ferreira no grupo de Danças - versão original rural:
- Ou pára a quermesse ou vamos embora! - seco mas directo... e não fomos embora!
O Paulo Moura - em versão universitária amestrada - é:
- Aí atrás, ou se chegam à frente e colaboram, ou então... - Os que lá estavam preferiram o «então» e continuaram a beber e a conversar... mas na varanda do lado de fora do restaurante!"



A mineTuna prezou pela elegância e cavalheirismo:
enquanto um tirava a língua de fora aos presentes, os
outros mineTeiros viravam-lhes o cu



Cantámos o «Mais oui c'est ça», assassinámos dois poemas do OrCa (o «Amor em novas tecnologias» e a «Cirurgia de escárnio e maldizer», tendo este segundo assassinato a cumplicidade dos gaiteiros de Palaçoulo na percussão) e, para terminarmos em apoteose (admira como não fomos levados em ombros... para a esquadra), tocámos duas músicas "para maiores de 18 anos... e para o Miguel": o «É Natal» e o «Circo de F***s».
Dado o adiantado da hora, não pudemos encerrar a acta. Muito menos assiná-la.

Ide! Ide! Chichi cama!

E ó Mário Rui, o Rafaelitolindo manda perguntar:
- Além da gaita em Ré, chegaste a utilizar a outra, ou estava desafinada?...

O Dom OrCa também ode a mineTuna (isto não é para todos):
"MineTunantes, amigos,
que assim minetunastes,
não reza a História de trastes
que só sabem dos umbigos...
Eu convosco minetunei,
vós a mim minetunastes,
tal qual o cu de Miranda
com cara da outra banda,
desteis a fífia e a voz
ao puto mais reguiloso
e aos egrégios avós.
Democratas no alarido,
depois das gaitadas dadas,
deram lugar ao ruído
como quem dá berlaitadas...
Mas sabei quanto vos quero
neste abraço que vos deixo.
E mais valera um Aleixo,
que estes versos de enchumaço.
Não sei se merecidas são
as palavras que me trazem...
mas soam-me tal canção...
Nem sabeis que bem me fazem!
Abraços aos tunantes e às bailarinas."

7 comentários:

  1. Quanto à actuação da Minet Una o Paulo pintou bem o quadro, esperando-se agora pela contribuição do Carlos.
    No entanto gostaria de chamar a atenção para um pormenor e que a mim me marcou bastante(sou saudosista) e que foi o reviver do momemto Zé Ferreira no grupo de Danças:
    Zé Ferreira -versão original rural-
    "ò para a queremesse ou vamos embora"-seco mas directo e não fomos embora!
    Paulo Moura-versão universitária amestrada-é! aí atraz, ou se chegam à frente e colaboram, ou então...Os que lá estavam prerferiram o então e continuaram a beber e a conversar...mas na varanda do lado de fora do restaurante!
    E a mini actuação da super minet una lá começou!
    Ah! um outro dia hei-de ir novamente a Palaçoulo para o contador de histórias me ensinar a dançar o pingacho e eu aproveito e ensino-o a tocar bombo, segundo a escola do Pierre concertina(com direito a olhar para o bater do pé!)
    Mário Rui além da gaita em Ré, chegaste a utilizar a outra, ou estava desafinada?
    Até amanhã que já são horas!

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  2. Adenda. Ponham um acento em "ó pára"

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  3. E cantaram muito bem. Só foi pena a "ementa" ser curta e tão "soft". E as condições para fotografar também não eram propriamente as ideais. Mas fica para uma próxima oportunidade. Mas... ó Paulo essa de eu ser "grandioso" e "fotógrafo oficial da blogosfera nacional" deixa-me assim um pouco à toa :-/

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  4. MineTunantes, amigos, que assim minetunastes, não reza a História de trastes que só sabem dos umbigos... Eu convosco minetunei, vós a mim minetunastes, tal qual o cu de Miranda com cara da outra banda, desteis a fífia e a voz ao puto mais reguiloso e aos egrégios avós.
    Democratas no alarido, depois das gaitadas dadas, deram lugar ao ruído como quem dá berlaitadas... Mas sabei quanto vos quero neste abraço que vos deixo. E mais valera um Aleixo, que estes versos de enchumaço.

    Não sei merecidas são as palavras que me trazem... mas soam-me tal canção... Nem sabeis que bem me fazem!

    Abraços aos tunantes e às bailarinas.

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  5. ... não sei SE merecidas são, claro

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  6. O Mário Rui ainda deve andar preocupado com o pombal...e com a maração do dia em que tem de lá voltar para comer a jantarada de que teve de abdicar.
    Será que temos de lá ir com ele?

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  7. Dom OrCa, que bem que tu nos odes...

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Tuna Tecales!