As minhas «ídolas»

A Ana Andrade não devia escrever certas coisas porque sabe que eu sou um pai muito baboso. E depois admiram-se que as ruas por esta altura estejam molhadas...
A propósito do programa «Ídolos» que ontem terminou, diz a Ana que "ídolos por ídolos, eu cá tenho os meus privados, sendo que as meninas que se seguem são um(as) deles. Não necessariamente (mas também) por terem as vozes fabulosas que têm e que, juntas, parecem ter sido criadas para animar o paraíso, a havê-lo. Sobretudo porque, não as conhecendo bem, sei em que forma foram feitas e já apreciei o magnífico resultado: duas universitárias a quem não me lembro de vislumbrar ponta de idade-de-armário (não andei com elas ao colo, mas recordo-as ainda muito pequeninas e vestidas de igual, com cabelo à Cleópatra), que são óptimas entre elas e têm uma pachorra infinita para aturar adultos (nos quais me incluo) com uma idade mental muito inferior à delas.
Por isso, e como diria o paizinho delas, um grande bem-hajam, Joana e Mariana, filhas pródigas da Mouraria. Vocês arrasam com qualquer «ídolo» feito à pressão."
O OrCa ainda foi lá complementar:
"Muito de acordo. O talento, para além de dedicação ao sonho passa pelo burilar contínuo da pedra dura. Mas em pouco ou nada dará se lhe faltar essa componente de partilha, o que não está nos horizontes destes concursos.
Valem, assim, dez vezes mais a Joana e a Mariana, entregues à fruição da música e do canto e com a alegria patente pela sua partilha, estabelecendo as pontes por onde chegaremos ao futuro.
Aos empenhados concorrentes fica-lhes a glória efémera e fugaz que o mediatismo lhes oferece (fazendo-se pagar por bom preço, claro). Até que outro concurso os relegue para os arquivos mortos.
Porventura, quando tal ocorrer, as Joanas e as Marianas deste país e do mundo todo, continuarão a cantar, porque assim é moldada a sua vida."
A Celestita ajuda à festa: "Pais babados,amigos babados! São realmente os nossos «Ídolos». Conheci-as, aconchegadas,no ventre da mãezinha! Vi-as crescer,muito educadinhas,muito vivaças,muito bonitas! Admiro a «pachorra» com que nos aturam e colaboram com alegria participativa num ciclo de adultos,algo depravados..."
Ter amigos é bom. Ter ídolos...